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As perguntas mais frequentes em entrevistas (e como responder)

As entrevistas não são exames. São conversas estratégicas. E, como todas as boas conversas, testam mais do que conhecimento: avaliam clareza, coerência e capacidade de decisão. Em 2025, quem responde com chavões genéricos perde. Quem comunica com verdade e intenção destaca-se.

Abaixo, reunimos as perguntas mais frequentes em entrevistas e o que cada uma realmente procura avaliar. Mais importante do que decorar respostas é entender o que está em jogo em cada pergunta — e como responder com autenticidade e estrutura.

1. “Fale-me sobre si”

Esta não é uma pergunta sobre a infância. É um convite a condensar quem és profissionalmente, em 60 a 90 segundos. O recrutador quer saber se tens noção do teu percurso, se sabes selecionar o que é relevante e se consegues comunicar valor com clareza.

Como responder: estrutura em três partes — quem és (título profissional), o que fizeste (experiência relevante) e o que procuras (alinhamento com a vaga). Evita biografias longas. Escolhe factos com impacto.

2. “Porque quer trabalhar connosco?”

Aqui o que está a ser testado é o teu grau de preparação. Sabes para onde estás a candidatar-te? Compreendes o sector, a missão, os desafios? Ou estás a disparar CVs no escuro?

Como responder: mostra que fizeste o trabalho de casa. Refere valores da empresa, projectos ou posicionamento estratégico. E liga isso ao teu perfil e propósito.

3. “Quais são os seus pontos fortes?”

Esta pergunta avalia auto-consciência e diferenciação. Não se trata de listar adjetivos soltos. O recrutador quer exemplos reais que sustentem essas forças.

Como responder: escolhe 2 ou 3 forças relevantes para a função e ilustra com resultados concretos. Exemplo: “Tenho forte capacidade analítica – na função X, otimizei o processo Y, o que reduziu o tempo de resposta em 40%”.

4. “E os seus pontos a melhorar?”

O clássico “defeito” deixou de ser armadilha. Agora é teste de maturidade emocional. Falar de áreas a melhorar mostra que tens consciência crítica e compromisso com o crescimento.

Como responder: escolhe uma dificuldade real (não digas “sou perfeccionista”) e mostra o que estás a fazer para evoluir. Exemplo: “Durante muito tempo evitei falar em público, mas nos últimos meses tenho-me exposto mais, com apresentações internas e formação específica.”

5. “Onde se vê daqui a 5 anos?”

A pergunta não exige um plano fechado. O que está a ser testado é visão de carreira e alinhamento com a empresa. Queres crescer? Queres mudar de área? Tens intenção de ficar?

Como responder: responde com honestidade e com foco no contributo. Mostra ambição com realismo. E evita respostas demasiado vagas como “quero crescer na empresa” sem explicar em quê, como ou porquê.

6. “Porque saiu (ou quer sair) do último emprego?”

Esta pergunta testa capacidade de falar de experiências difíceis sem ressentimento. Não sejas vago, nem te ponhas em modo de queixa. O foco deve estar na aprendizagem e no próximo passo.

Como responder: diz a verdade, com elegância. Exemplo: “Após X anos, senti que a minha curva de aprendizagem estabilizou e procurei novos desafios mais alinhados com o meu perfil de liderança técnica.”

7. “Tem alguma pergunta para nós?”

Esta é uma das perguntas mais subestimadas. E é uma das mais importantes. Revela interesse, capacidade crítica e intenção de escolha consciente.

Como responder: evita perguntas óbvias (benefícios, horários). Pergunta sobre desafios da função, cultura da equipa, critérios de sucesso. Mostra que queres contribuir — e não apenas encaixar.

Responder bem é saber quem se é

As melhores respostas não são as mais decoradas. São as mais alinhadas. Com quem és, com o que procuras e com o que a empresa precisa. Uma entrevista não é um palco. É um espelho.

Na CV.Experts, ajudamos candidatos a prepararem-se com consciência. Porque uma boa resposta começa antes da entrevista — começa quando te posicionas no mercado com intenção.

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